I- O inicio de tudo
Na Igreja já tivemos Papas de varias nacionalidades, mas nunca havíamos tido um Papa Polonês. Nunca, até nos depararmos com Karol Wojtyla o jovem polonês que mais tarde se tornaria Papa João Paulo II, o João de Deus! Nascido de uma família pequena e de classe média Karol Josef Wojtyla nasceu em Wadowice, Polônia, no dia 8 de maio de 1920. Filho de um operário (Karol Wojtyla), que se tornou sub-oficial do Exército, o menino Wojtyla ficou órfão de mãe (Emília Kaczorowska) aos nove anos e teve uma infância difícil. Em Wadowice - sua terra natal - fez seus primeiros estudos e concluiu o curso ginasial. Aluno dedicado, destacou-se nos estudos e nos esportes, merecendo elogios dos colegas e professores.
II- O chamado para o sacerdócio
Sua juventude foi marcada por intensos contatos com a comunidade judaica de Cracóvia. Inteligência rara, ainda muito jovem, Karol Wojtyla identificou-se com a literatura: queria ser poeta e dramaturgo. Na Universidade de Cracóvia, iniciou o curso de Língua Polonesa e Literatura, interrompido no primeiro ano, em virtude da II Grande Guerra, quando do fechamento da universidade pela forças alemãs, logo após a ocupação da Polônia. Diante desta situação, juntamente com um grupo de jovens, organizou uma universidade clandestina, onde estudou filosofia, línguas e literatura.
Por esse tempo, passou a trabalhar numa fábrica de produtos químicos. Desse período é de sua autoria uma peça teatral encenada no Vaticano, anos depois. Atleta, ator, tradutor, musico, dramaturgo e filósofo na juventude, Karol Wojtyla ao perder seu pai resolveu ser padre.
Assim, em 1942, aos 22 anos de idade, ingressou no Departamento Teológico da Universidade Jaqielloniana. E, fugindo das perseguições nazistas, até o final da segunda guerra mundial viveu escondido, junto com outros seminaristas, que foram acolhidos pelo Cardeal de Cracóvia. Por fim, concluindo seus estudos eclesiásticos, ordenou-se sacerdote no dia 1º de novembro de 1946, em cerimônia litúrgica realizada na Capela do Seminário Maior de Cracóvia. Dias depois, celebrou sua primeira Missa na Cripta de São Leonardo, na Catedral de Wavel.
III- A Ascenção na trajetória
Doutor em Teologia pela Universidade Pontifícia de Roma, Karol Wojtyla foi docente de Teologia e Moral na Universidade Jaqielloniana, de Cracóvia, e, subseqüentemente, na Universidade Católica de Lublin, onde interagiu com importantes representantes do pensamento católico polonês, especialmente da vertente conhecida como ‘tomismo lublinense’.
No exercício das referidas funções permaneceu até 23 de Setembro de 1958, quando foi consagrado Bispo Auxiliar do Administrador Apostólico de Cracóvia, convertendo-se no membro mais jovem do Episcopado Polonês. Quatro anos depois, ascendeu à condição de titular daquela diocese.
Sempre atuante, sua carreira eclesiástica teve uma trajetória ascendente. Progressista, seu pensamento “combinava a produção teológica com um intenso trabalho apostólico, especialmente com os jovens, com quem compartilhava tanto momentos de reflexão e oração como espaços de distração e aventura ao ar livre”.
Em 1964, aos 44 anos de idade, tornou-se Arcebispo. Três anos mais tarde, foi designado cardeal pelo papa Paulo VI. Na qualidade de bispo e arcebispo, Wojtyla participou do Concílio Vaticano II, “contribuindo para a redação de documentos que se tornariam no Decreto sobre a Liberdade Religiosa (Dignitatis Humanae) e a Constituição Pastoral da Igreja no Mundo Moderno(Gaudium et Spes), dois dos mais historicamente importantes e influentes resultados do concílio”. Como Arcebispo, o futuro papa“caracterizou-se pela integração dos leigos nas tarefas pastorais, a promoção do apostolado juvenil e vocacional, a construção de templos apesar da forte oposição do regime comunista, a promoção humana e formação religiosa dos operários e o incentivo ao pensamento e às publicações católicas”.
Amanhã continua.... as 20:00 horas. =)
Nenhum comentário:
Postar um comentário